Queres vir mexer o teu corpo?

  • O corpo é feito para se mover, de muitas maneiras e em muitas direcções. Se não o fizermos, perdemos essa capacidade. 

  • Muitas vezes, não se trata de ser forte, mas de ser responsivo e adaptável. 

  • A dor não é um problema, é um professor.

  • O corpo pertence à vida. Ele é a vida. A consciência do corpo é a forma como nos ligamos à vida. 

Ressoas comigo?

Em grande parte autodidata, as minhas aulas de movimento nasceram do meu próprio processo experimental e experimencial, tal como tudo o que faço.

Seria difícil traçar a origem do meu amor pelo movimento. Em miúda, estava apaixonada pela dança, como muitas outras crianças. Queria ser bailarina ou professora "quando fosse grande".

Com grupos de amigos, era muitas vezes apelidada de "a rainha da dança". Se houvesse boa música, o meu corpo mexia-se. Inicialmente, tive apenas um ensino mínimo de dança, mas sempre houve em mim um talento instintivo para a dança e o movimento. Mais tarde, quando comecei a introduzir as danças swing em Portugal, descobri que tinha jeito para ensinar movimento.

O meu processo investigativo de tentativa e erro foi também a forma como me curei da dor crónica. No entanto, em vez de simplesmente voltar ao normal, ultrapassei a liberdade e a mobilidade que tinha anteriormente no meu corpo . O meu primeiro impulso foi, então, partilhar e ensinar aos outros como fazer melhor do que eu: ficar longe da dor crónica!

Todas estas experiências fazem de mim a professora que sou, bem como a minha forma espontânea e instintiva de reconhecer padrões lógicos. Por vezes, as pessoas sentiram-me como exigente nas minhas aulas, porque trago a frequência de aperfeiçoar os padrões.

Consigo reconhecer o potencial de cada pessoa, independentemente da forma do corpo ou de supostas limitações, e a minha aura leva a cada um a realizar o que talvez não pensasse ser possível. Ao mesmo tempo, sou adaptável a cada pessoa e crio espaço para que o seu corpo escolha exatamente a experiência que quer ter na aula.

Tu és o especialista em ti. Os meus ensinamentos são para utilizar à tua maneira pessoal. Se te identificares e ressoares com o meu foco e orientação, talvez eu seja a professora para ti.

A igreja diz: o corpo é um pecado. A ciência diz: o corpo é uma máquina. A publicidade diz: o corpo é um negócio. O corpo diz: eu sou uma festa.  

Os obstáculos não bloqueiam o caminho, eles são o caminho.

Com as aulas da Abeth, tenho deixado que seja o corpo a decidir até onde quer ir naquele dia, naquela circunstância. Parece contraditório, mas é esta forma de escutar o meu corpo que me tem permitido explorar e desafiar mais, não ficar presa nas dores e maleitas que se vão ganhando, respirar e trabalhar com esse controlo de respiração. Este último ponto é uma vitória pessoal depois de vários anos de tentativas: a respiração é uma alavanca incrível para melhorar o nosso movimento.

As aulas da Abeth são um lugar onde todos os corpos são (mesmo!) bem-vindos, num exercício semanal de desafio, motivação e auto-descoberta. Sabe muito bem depois de um dia de trabalho…mesmo que os abdominais se queixem um bocadinho ;).

A maior parte de nós sentimos a experiência da vida como se fosse fora do corpo, com pouca noção de onde estamos em espaço (proprioceptividade) ou o que se passa lá dentro (interoceptividade). Através do Pilates Clássico e outros exercícios funcionais e de alongamento, conectamos ao corpo e encontramos a nossa força pessoal: física, emocional, espiritual, através de movimento consciente!

A dança Jazz dos anos 20-40 era a expressão autêntica de um povo oprimido. Encontrando liberdade no corpo quando as condições de vida não eram de liberdade, os Afro-Americanos deram-nos esta forma de nos mexer que liga visceralmente à música jazz - música criada para te fazer dançar à batida swingada do teu coração, o centro do teu ser.